Com a pandemia da covid-19, a sociedade precisou se reorganizar rapidamente para se manter ativa mesmo com o distanciamento social. E nesse cenário de grandes demandas e incertezas, os servidores públicos foram os que mais precisaram se adaptar. Nas diferentes instâncias de governo, transformações que levariam anos tiveram de ser implementadas em um tempo muito curto; e como sempre discuto aqui, a grande maioria dessas mudanças esteve relacionada à digitalização de serviços para possibilitar o atendimento de cidadãos — como é o caso do auxílio emergencial.

A digitalização de serviços é um movimento que já estava em curso antes mesmo da emergência trazida pela pandemia. No governo federal, segundo dados da plataforma gov.br, dos quase 4,5 mil serviços oferecidos pela administração pública para cidadãos e empresas, cerca de 3 mil já possuem trâmite totalmente digital e podem ser acessados pelo computador ou por smartphones.

Mas mesmo diante de uma revolução digital, na qual as soluções tecnológicas passam a ser cada vez mais relevantes, o trabalho das pessoas segue como primordial e insubstituível, ainda que precise se modificar para incluir novas demandas e expectativas que surgem com o tempo. Nesse cenário, qual é o futuro do serviço público e como isso afeta os servidores públicos?