Chegamos a mais um fim de ano. É um momento propício para refletir tudo o que vivemos e aprendemos nos últimos meses. Certamente, ver a economia se movimentar novamente, graças aos avanços na vacinação contra a covid-19, tem sido um marco de esperança.

Adiciono ao grupo de acontecimentos marcantes dos últimos meses a 26ª Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP26, que aconteceu em Glasgow, na Escócia, entre o fim de outubro e meados de novembro. Estive presente nesse evento com mais de 10 mil participantes entre delegados, representantes governamentais, especialistas e cidadãos. Uma mobilização sem precedentes que tinha como tarefa produzir consensos para atingir uma meta ambiciosa: deter o avanço das mudanças climáticas que estão ameaçando a vida de bilhões de pessoas e ecossistemas em todo o mundo.

O acordo final assinado por centenas de países toca em pontos importantes, como a previsão de que as nações apresentem metas “mais ambiciosas” para a redução de gases do efeito estufa, a tão esperada definição de regras para as políticas de compensação de carbono — também conhecidas como “crédito de carbono” — e, pela primeira vez, uma menção à redução do uso de combustíveis fósseis e carvão.